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domingo, 29 de dezembro de 2024

PRÓSPERO ANO NOVO

 

 

     O ano de 2024 está chegando ao fim, já passou o Natal e estamos comemorando mais uma vitória, mais um ano que continuamos batalhando e sabendo que ainda estamos vivos. É isso aí...! A vida passa e tudo passa, nós também passamos. O ontem já se foi, o hoje continua, e o amanhã a Deus pertence, sigamos em frente com nossos objetivos e nossos sonhos.

     A cada final de ano todos nós fazemos um balanço de nossas vidas. O porquê de estarmos aqui? Para onde iremos? Saudade dos que já se foram...! A busca constante da felicidade. A esperança que nunca morre. O dia de amanhã que vai melhorar.

     E assim a vida passa, passa como um cometa que ninguém vê, e o cotidiano fica assim: acordar cedo pela manhã, levar o filho para a escola, ir ao trabalho; meio dia, pegar o filho na escola; almoçar para trabalhar novamente, voltar para casa e jantar, deitar e dormir para acordar no outro dia e recomeçar tudo outra vez.

     Já dizia o filósofo: a vida é curta para dizer que não é longa e é longa para dizer que não é curta, e é por isso que devemos aproveitá-la ao máximo, de todas as formas, plenamente. Com a comemoração das festas de final de ano realizamos um retour ao nosso passado, ou mais especificamente ao ano que passou, que está finalizando. São momentos que nos traz muitas esperanças para podermos continuar jogando no jogo da vida.

     E aqui lembro que há 10 anos eu estava motivando e implementando a primeira turma do curso de teatro da Universidade Federal do Amapá, que aconteceu no dia 09 de abril de 2014. Curso que abriu perspectivas de trabalho para muitos jovens que hoje se dedicam a trabalhar com as artes cênicas no Amapá.

      Essas atitudes são de tamanha importância e nos alimentam consideravelmente para poder continuar nossa contribuição com a sociedade amapaense nesse estágio da vida. Assim, continuaremos com nossas pesquisas, nossos estudos, no intuito de dotar as bibliotecas com vários documentos sobre a cultura e o teatro amapaense.

     Por fim, esperamos que neste ano de 2025, tenhamos mais força para continuar nessa luta. A todos e todas, principalmente aos jovens, aos colegas da área da educação e a população em geral desejo um Feliz Ano Novo. Que os governantes saibam com sapiência transformar o Brasil num país do futuro. De qualquer forma, minha última mensagem para todos os viventes é a seguinte frase em latim: Carpe diem, quam minimum credula postero. Até 2025. O ano passado passou tão apressado! É a pura verdade que o ano já terminou. Temos que acreditar que 2024 chegou ao fim. Isso mesmo! Hoje já estamos no dia 29 de dezembro do ano em curso. Como é de praxe, todo final de ano termos que desejar um Bom Ano, um Feliz Ano Novo para todos.

domingo, 22 de dezembro de 2024

FELIZ NATAL

 

 

          Apesar de tudo que vem acontecendo no mundo e, principalmente nas guerras que nunca chegam a um fim, como no caso da guerra entre Rússia e Ucrânia, como também, entre Israel e o Hamas, é fato que há uma necessidade maior de termos que olhar sempre para o futuro. De qualquer forma, agradecermos pelos que ainda estão conosco, desbravando essa saga do caminhar e do enfrentar as vicissitudes da vida. Não é hora de desanimar! Estamos no final de mais um ano, que foi difícil para todos nós. Mas chegou o momento de refletirmos sobre tudo isso. Claro...! Também precisamos comemorar e, cada um a seu modo, abraçando seus familiares e amigos. 

     O maior desejo de todas as pessoas, é saber da conquista de seus objetivos, de seus desejos, de sua vida...!!! O Natal nos traz muita alegria a cada final de ano. É um ótimo momento de reflexão sobre um pequeno espaço de tempo que passou, ou seja, pelo qual nós passamos com vida, ilesos. Esse tempo refere-se ao espaço de praticamente 365 dias consecutivos, ou seja, um ano.

         Sem esquecer as modificações que aconteceram interiormente em nós mesmos. Às vezes algum problema de saúde, questões profissionais e tantos momentos difíceis que passamos. Mas, também foi um tempo em que nos trouxe muitas alegrias.  Alegria de ter lançado livros, alegria de ver o filho ser aprovado na escola, alegria de estar vivendo momentos felizes com quem se ama, entre outras sensações de alívio que necessitamos.

     O Natal é uma festa comemorada em todo o mundo; quantos de nós está falando a mesma língua? FELIZ NATAL, FELIZ NAVIDADE, JOYEUX NÖEL, MERRY CHRISTMAS, são alguns dos recados mais difundidos neste natal em todo o mundo. E assim vamos nos confraternizando, cada país do seu modo, cada povo de acordo com suas crenças e suas culturas, apesar deste momento de tanta guerra.

     Natal significa nascimento, nascimento de Jesus que tanto batalhou para a igualdade do povo do seu tempo e da atualidade. Verdadeiro revolucionário de sua época. E hoje, e sempre comemoramos em função deste símbolo de ser humano.

     Todo natal nos traz esperanças de um mundo melhor, de alegria, de união entre os povos. Refletimos sempre para o bem da humanidade. Como é bonito todos juntos com suas famílias, revendo uns aos outros, pessoas que há tempo não mais havíamos visto, tudo isto faz parte do semblante natalino.

     Tempos atrás ficávamos felizes ao receber um cartão de natal pelos correios, mas, hoje os meios tecnológicos como as redes sociais em muito contribuem para uma aproximação das pessoas, mas, ainda deixa um vazio em relação à vida presencial quando você toca e abraça seu amigo ou amiga de tempos antanho. É a vida...! É a vida...! É a vida...! Desejo a todos que conheço e aos que não tive a oportunidade ainda de conhecer, tudo de bom neste natal, muita saúde, paz, e que tenhas conquistado seus objetivos neste ano que está terminando. Para todos UM FELIZ NATAL.

 

                                                                                                    

 

 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

ETIMOLOGIA DO TEATRO

 

 

     O teatro surgiu na Grécia antiga há quase três mil anos. Durante toda a história do homem, há uma relação intrínseca entre a vida e a arte. A seguir relacionaremos algumas palavras ligadas ao teatro e suas origens.

     A palavra teatro vem do latim theatrum, do grego theatron, que significa literalmente, lugar para contemplar, lugar para olhar, de theastai, “olhar”, mais tron, sufixo que denota “lugar”. O sentido de lugar onde transcorre a ação, se aplicou também aos feitos militares, daí o nome, “teatro de operações”, que são treinamentos simulados de bombeiros e militares.

     Anfiteatro também vem do latim amphiteatrum, do grego amphiteatron, que significa “local de espetáculos duplo, com espectadores dispostos de ambos os lados do palco”, de amphi, “dos dois lados”, mais theatron, local de onde se vê. Inicialmente os teatros possuíam assentos apenas no lado voltado para o palco, seguindo a arquitetura do teatro grego. É ainda, o caso da maioria ou todos os nossos teatros atuais. Os atuais estádios de futebol são hoje, os nossos verdadeiros anfiteatros.

     O termo comédia, vem do grego komoidia, “espetáculo divertido, comédia”, de komodios, “cantor de festas”, de komos, “festa, farra”, mais oidos; “poeta, cantor”. Este termo passou por uma fase que era usado para designar “poema narrativo”, o que é a razão do livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri, ter esse nome.

     Tragédia, deriva do grego tragoidia, que significa “peça ou poema com final infeliz”. Aparentemente deriva de tragos, “bode”, mais oidea, canto. Ao pé da letra poderíamos dizer “a canção do bode”, e isso viria do drama satírico, onde os atores se vestiam de sátiros, com suas pernas cabeludas e chifres de bodes.

     Da mesma forma, drama também deriva do grego drama, “peça, ação, feito”, especialmente relativo a algum grande feito, fosse positivo ou negativo, vem de drao, “fazer, realizar, representar, lutar. ”

     Plateia, ao que tudo indica deriva do grego platea, que significa largo e plano. Inicialmente designava o lugar onde ficavam os músicos e se estendeu depois, em prédios diferentes dos teatros gregos, como no teatro à italiana, parte onde tomam assento os espectadores.

    Palco, do italiano palco, “estrado, tablado”, do lombardo palko, “trave, viga”. Seu sentido se estendeu depois ao de “tablado sustentado por vigas” e mais tarde a “estrado ou palco designado para apresentações artísticas. ”

     Cena, do latim scaena, “palco, cena, do grego skena, de mesmo significado, originalmente “tenda, cabana”, relacionado a skia, sombra, pela noção de “algo que protege contra o sol.” Para quem trabalha na área do teatro conhece muito bem os termos acima, mas, o interessante é entender a origem dessas palavras, visto que a partir daí passa-se a entender o porquê do uso corrente  e atual das mesmas.

domingo, 8 de dezembro de 2024

ABSURDA ARTE

 

 

     Recentemente aconteceu um leilão, no qual foi colocado à venda, simplesmente uma banana envolvida numa fita crepe, obra que foi arrematada por nada menos do que US$ 6,2 milhões de dólares, o que significa, R$ 35,8 milhões de reais. E para acabar de completar, o comprador foi lá e comeu a banana. Fato extremamente difícil de se assimilar, principalmente para leigos que não entendem a linguagem artística. Como que uma trivial banana chegou a ter um valor financeiro tão gigantesco?  Em primeiro lugar temos que entender o que é cultura. Em poucas palavras, a cultura reflete o modo de vida de um grupo e sua relação e contato social. Portanto, a cultura é um reflexo de como a pessoas, pensam, agem e se expressam.

     Mas...! E qual a relação entre cultura popular e cultura erudita?  Diz-se que a cultura erudita é baseada em estudos profundos, dados empíricos e conhecimentos teóricos e apresenta uma relação estreita com as classes superiores da população, ou seja, com a elite econômica e política. Dessa forma, entende-se que a cultura erudita envolve um pensamento mais crítico de um determinado grupo de pessoas intelectualizadas e acadêmicas. Por outro lado, a cultura popular, é produto de grandes grupos de pessoas, arte de massa, e com características de mais fácil divulgação, entendimento, compreensão e apresenta valores financeiros acessíveis ao grande público. É preciso entender aqui, que tanto a cultura de elite como a cultura popular foram definidas por uma elite.

     Se por um lado, a cultura popular é uma manifestação espontânea de um povo, por outro lado, a cultura erudita, é criada a partir de conhecimentos e estudos específicos de um reduzido grupo. O que diferencia a cultura erudita da cultura popular, pode-se exemplificar com a música, entendendo-se que a cultura erudita ouve clássicos como Beethoven, Tchaikovsky, Wagner, Mozart, entre tantos outros, e a cultura popular ouve a música popular brasileira, ou mesmo, o que a elite produtora dos mass media, define colocar na prateleira dos meios de comunicação, como é o caso do sertanejo, visto que na atualidade, só se houve sertanejo, no rádio, na televisão e nas redes sociais. Nos dias de hoje, se você quiser ser um cantor ou músico reconhecido, possivelmente, terá que cantar o gênero sertanejo, visto que a indústria cultural tem como seu objetivo maior, o lucro.

     A classe mais alta de uma determinada sociedade, financeiramente falando, procura um jeito de acumular recursos, em função disso criou a obra de arte, para poder ter um patrimônio mais seguro, como por exemplo, adquirir um quadro de um artista famoso, como Leonardo da Vinci, ao invés de ter que depositar dinheiro num banco. E é por isso, que pessoas muito abastadas sempre possuem coleções de obras raras, visto que é uma forma de acumulação de capital bastante segura. Neste caso, a elite cria o valor para determinadas obras para aplicar seus recursos financeiros. A banana do leilão, foi comprada numa feira livre pelo valor de apenas US$ 0,25 centavos de dólar, e foi vendida por US$ 6,2 milhões de dólares, entretanto, conclui-se que esta transação poderia ser também, para lavagem de dinheiro.

domingo, 1 de dezembro de 2024

CINEMA E DIREITOS HUMANOS

 


     Na semana de 18 a 22 de novembro próximo passado, Macapá se fez presente, juntamente com mais 25 capitais do país e o Distrito Federal, na 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, evento que foi realizado simultaneamente, pelo Ministério da Cultura, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, e Universidade Federal Fluminense. Aqui em Macapá, o produtor responsável pelo acontecimento foi o Dr. Aldrin Viana de Santana, professor Adjunto do Curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá. O referido evento aconteceu no Cineteatro Territorial, com entrada franca para o público em geral. Esta programação aconteceu como estratégia do Governo Federal para a consolidação da educação e da cultura em Direitos Humanos com o suporte de oficinas e exibições de filmes brasileiros totalmente gratuitos.  

     A programação se estendeu por toda a semana com projeções de filmes de curta-metragem, com enredos que sempre enfocavam questões relacionadas aos direitos humanos, denunciando muitas situações que são enfrentadas por várias camadas da população, excluídas do sistema social, como: negros, índios, agricultores, nanismo, gente de periferia, entre outros. Em cada encontro, eram projetados entre três a seis filmes curtas, quando no final, uma banca com três convidados, passava a debater sobre cada tema proposto pelos filmes. Outra questão interessante, é que as equipes como diretores e roteiristas, também eram pessoas excluídas e fora do sistema comercial do cinema nacional.   

     Durante toda a semana, vários filmes foram projetados, como: Abá, de Cristina Amaral e Raquel Gerber; Belos Carnavais, de Thiago B. Mendonça; Sem Asas, de Renata Martins; Confluência, de Dacia Ibiapina, entre outros. No dia 22, sexta-feira, estive presente na mesa debatedora, com a objetivo de discutir os seguintes filmes: Big Bang, de Carlos Segundo; Habito, de Fernando Santos; A Luta das Mulheres Avá Guarani, de Carol Mira; Sobre a Cabeça os Aviões, de Amanda Costa e Fausto Borges; Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, e ainda, Fluxo - O filme, de Filipe Barbosa. Outras personalidades também fizeram parte das mesas desse evento, como: Professora Dra. Elda Gomes, Professora Especialista Débora Bararuá, Professor Dr. Joaquim Neto, Prof. Dr. José Flávio Gonçalves, Profa. Dra. Sílvia Carla, Profa. Mestra Claudete Machado, e Professora especialista Ana Caroline.

     Sem dúvida, o Cineteatro Territorial, que está totalmente restaurado, foi o melhor espaço para receber a 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, tendo em vista que, na atualidade, é de suma importância, seu valor cultural para a sociedade amapaense. O referido prédio tem hoje, uma excelente equipe, sendo: Profa. Carla Antunes, como Coordenadora; Profa. Adriana Pantoja, como assessora técnica e pedagógica, e Rosilene Cardoso, também na assessoria técnica e pedagógica. Vale ressaltar que, como primeiro prédio construído, ele foi inaugurado no dia 22 de julho de 1944, pelo então Governador do Território, Janary Gentil Nunes, e surgiu inicialmente como Centro de Convenções, depois, Cineteatro Macapá, e, em seguida foi denominado de Cineteatro Territorial. A partir de 1948, muitos artistas famosos do Brasil, se apresentaram no Cineteatro Territorial como: Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Luiz Gonzaga, Rodolfo Mayer, Concita Mascarenhas, Trio Iraquitam, Dalva de Oliveira, entre outros.