Na semana de 18 a 22 de novembro próximo
passado, Macapá se fez presente, juntamente com mais 25 capitais do país e o
Distrito Federal, na 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, evento que foi
realizado simultaneamente, pelo Ministério da Cultura, Ministério dos Direitos
Humanos e Cidadania, e Universidade Federal Fluminense. Aqui em Macapá, o
produtor responsável pelo acontecimento foi o Dr. Aldrin Viana de Santana, professor
Adjunto do Curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá. O referido
evento aconteceu no Cineteatro Territorial, com entrada franca para o público
em geral. Esta programação aconteceu como estratégia do Governo Federal para a
consolidação da educação e da cultura em Direitos Humanos com o suporte de
oficinas e exibições de filmes brasileiros totalmente gratuitos.
A programação se estendeu por toda a
semana com projeções de filmes de curta-metragem, com enredos que sempre
enfocavam questões relacionadas aos direitos humanos, denunciando muitas
situações que são enfrentadas por várias camadas da população, excluídas do
sistema social, como: negros, índios, agricultores, nanismo, gente de
periferia, entre outros. Em cada encontro, eram projetados entre três a seis
filmes curtas, quando no final, uma banca com três convidados, passava a
debater sobre cada tema proposto pelos filmes. Outra questão interessante, é
que as equipes como diretores e roteiristas, também eram pessoas excluídas e
fora do sistema comercial do cinema nacional.
Durante toda a semana, vários filmes foram
projetados, como: Abá, de Cristina Amaral e Raquel Gerber; Belos Carnavais, de
Thiago B. Mendonça; Sem Asas, de Renata Martins; Confluência, de Dacia
Ibiapina, entre outros. No dia 22, sexta-feira, estive presente na mesa
debatedora, com a objetivo de discutir os seguintes filmes: Big Bang, de Carlos
Segundo; Habito, de Fernando Santos; A Luta das Mulheres Avá Guarani, de Carol
Mira; Sobre a Cabeça os Aviões, de Amanda Costa e Fausto Borges; Pássaro
Memória, de Leonardo Martinelli, e ainda, Fluxo - O filme, de Filipe Barbosa. Outras
personalidades também fizeram parte das mesas desse evento, como: Professora
Dra. Elda Gomes, Professora Especialista Débora Bararuá, Professor Dr. Joaquim
Neto, Prof. Dr. José Flávio Gonçalves, Profa. Dra. Sílvia Carla, Profa. Mestra
Claudete Machado, e Professora especialista Ana Caroline.
Sem dúvida, o Cineteatro Territorial, que
está totalmente restaurado, foi o melhor espaço para receber a 14ª Mostra de
Cinema e Direitos Humanos, tendo em vista que, na atualidade, é de suma
importância, seu valor cultural para a sociedade amapaense. O referido prédio
tem hoje, uma excelente equipe, sendo: Profa. Carla Antunes, como Coordenadora;
Profa. Adriana Pantoja, como assessora técnica e pedagógica, e Rosilene Cardoso,
também na assessoria técnica e pedagógica. Vale ressaltar que, como primeiro
prédio construído, ele foi inaugurado no dia 22 de julho de 1944, pelo então
Governador do Território, Janary Gentil Nunes, e surgiu inicialmente como
Centro de Convenções, depois, Cineteatro Macapá, e, em seguida foi denominado
de Cineteatro Territorial. A partir de 1948, muitos artistas famosos do Brasil,
se apresentaram no Cineteatro Territorial como: Procópio Ferreira, Bibi
Ferreira, Fernanda Montenegro, Luiz Gonzaga, Rodolfo Mayer, Concita
Mascarenhas, Trio Iraquitam, Dalva de Oliveira, entre outros.
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