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domingo, 29 de setembro de 2024

SER POLÍTICO

 

 

     Em toda minha vida, desde que completei meus 18 anos e votei pela primeira vez, já havia decidido em qual lado eu votaria, sou um daqueles que não se deixa levar por debates políticos, nenhum debate mudará meu voto, não me deixo influenciar pelos debates televisivos.  Entendo que o debate é para aquelas pessoas que estão indecisas. Aí, sim... nesse caso, o debate é de fundamental importância.  Portanto, quando um político ganha um debate, não significa dizer que ele irá fazer uma boa administração. Inicialmente, minha formação política começou num grupo de teatro do interior da Paraíba. Ainda na década de 1970, conheci a arte política, de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Mercedes Sosa, Geraldo Vandré, entre tantos outros.

     Já na universidade, em meio à luta política dos estudantes em prol da liberdade de expressão, passei a entender minha situação social, política e econômica. A universidade me revelou minha situação enquanto classe social, o que em muito contribuiu com minha compreensão dessa sociedade que se diz moderna. A conquista da universidade, me custou muito caro, visto que tive que deixar o interior e me adaptar ao grande mundo das grandes cidades. Numa difícil situação financeira, morei na casa do estudante, e durante os cinco anos do curso de graduação, dependi exclusivamente do restaurante universitário. Muitas vezes, pegava carona da casa do estudante até a universidade e vice-versa. Mas foi na universidade que conheci, Kal Marx, Maquiavel, Thomas Mórus, Bertold Brecht, Nietzsche, Aristóteles, Platão, Sócrates, Epicuro, Imanuel Kant, Heidegger, Isaac Newton, Schopenhauer, entre tantos outros cientistas e filósofos.

     Como cientista, sou daqueles que, como Sócrates, com dúvida de tudo, sempre esteve em busca de resposta para suas perguntas. Não me deixo enganar por discursos competentes, de tantos e quantos candidatos que se oferecem para resolver os problemas da sociedade, como acontece geralmente, em período de eleições. O que se percebe, é que na época de eleição, a grande maioria dos candidatos se apresentam com muitas resoluções para pequenos e grandes problemas sociais. Refletindo esses casos, o que se vê é uma repetição em mote continuo, de muitos problemas sociais, que há bastante tempo, já deveriam estar resolvidos. E aí, sempre me pergunto, residindo há 30 anos em Macapá, por que nunca foi resolvido a questão do transporte urbano. Vale salientar, que esta não é uma questão localizada, já que em muitas cidades brasileiras, a precariedade do transporte urbano é um fato.  

     Infelizmente, na prática, é assim que acontece em várias cidades brasileiras. A democracia muitas vezes se apresenta cheia de contradições, por exemplo, para ser professor de uma universidade hoje, o candidato necessita no mínimo possuir um curso de Mestrado, enquanto que para ser político o que se exige apenas é que o candidato saiba assinar seu nome. Entre todas as atitudes do homem o teatro está sempre presente, principalmente no período de eleição quando candidatos procuram representar o que não são na realidade, ou seja, vislumbram com a criação de seus personagens, conquistar os eleitores. Sigamos em frente.

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