Cheguei à cidade de Macapá em novembro de
1994 para me submeter a concurso público na Universidade Federal do Amapá. Com
a Universidade recém fundada, participei do seu segundo concurso público para
professor do magistério superior. Era uma cidade horizontal, com faixa de
trezentos mil habitantes e com a maioria de suas casas de madeira. Condições
que chamaram extremamente minha atenção.
Cidade muito pacata, com poucos sinais de
trânsito, por exemplo, a Rua Hildemar Maia e a Padre Júlio, eram mãos duplas,
entre tantas outras. O aeroporto pequenino, mas, aconchegante. Asfalto só nas
principais ruas. Imagine que do conjunto da Embrapa ao centro da cidade, um
trecho de 8 quilômetros, não havia nenhum sinal de trânsito. A UNIFAP, com
apenas 9 cursos de graduação. A Fortaleza de São José ainda abandonada e tomada
pelas árvores. De qualquer forma era uma cidade tranquila, e foi esse fator que
me fez ficar por aqui.
Há 30 anos, eu já ouvia dos habitantes do
lugar, sobre um passado glorioso da cidade de Macapá, quando as pessoas dormiam
com as portas de suas casas, abertas. De tudo havia nesse rincão,
principalmente a partir do período em que se transformou em território Federal
do Amapá, cidades em ascensão como Amapá, com a presença da Base Aérea e Serra
do Navio com a presença da ICOMI, nessa época o Estado do Amapá era um céu na
terra, principalmente no que diz respeito às questões financeiras e renda per
capta.
Em meio a tudo isso, havia um grande
marketing de divulgação, pelo povo do lugar, de uma famosa frase que sempre me
chamava atenção, Macapá, cidade joia da
Amazônia. E eu ficava, cá com meus
botões, imaginando tudo isso, como se fosse verdade verdadeira. Este assunto,
no nível das lembranças das pessoas, posso definir que eram memórias de um
pretérito perfeito, o qual, em função do correr da história e do desgaste do
tempo, havia sido transformado em um tempo imperfeito.
Não pretendo aqui, defender x ou y, este
não é o caso, mas temos que convir que ao longo dos anos, com a compreensão de
vários administradores, nossa cidade foi se modificando, se transformando,
mudando sua cara, se embelezando, e sua área urbana ressurgindo das cinzas,:restauração
da Fortaleza, implementação de praças no entorno da mesma. Reestruturação de rodovias.
Aeroporto de última geração. Sinalização da cidade como um todo. Entretanto, tudo
isso faz parte de um particípio passado.
Contudo, é necessário salientar que nesses
últimos quatro anos, em função de um trabalho efetivo da administração municipal,
sem sombra de dúvidas, a área urbana de Macapá, vem se ressignificando
completamente, no sentido de embelezamento da cidade como um todo. Isso está
claro com as ações da prefeitura municipal, que vem modificando áreas antes
abandonadas, em praças e logradouros públicos, os quais, o povo toma para si,
como pertencimento e cidadania. Frequentemente superlotados, demonstra uma
cidade viva. É hora de retomarmos aquele antigo marketing, que se tornou futuro
do presente: MACAPÁ, CIDADE JOIA DA AMAZÔNIA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário