Próxima terça-feira comemora-se o dia do
professor, em função disso, faço aqui um relato da minha trajetória de 42 anos
dedicados à educação desse país. Comecei a lecionar por uma necessidade econômica;
o ano era 1982, já estava cursando a graduação em Educação Artística na
Universidade Federal da Paraíba. Eu acabara de sair de um emprego de
escriturário na famosa transportadora Dom Vital. Foi o momento em que tive que
morar na casa universitária masculina, como também, sair em busca de uma escola
para ministrar aulas de Educação Artística. Passei dois anos lecionando no
Instituto Sólon de Lucena, na cidade de João Pessoa. Apesar de não ter tido
garantido meus direitos trabalhistas, foi um momento de muita dedicação e
aprendizagem.
Em 1984, já numa escola mais organizada,
pela primeira vez, tive minha carteira assinada como professor de artes, ao
trabalhar no Colégio João Paulo II, também um estabelecimento da rede privada.
Com a oportunidade de me dedicar aos afazeres da universidade, eu precisava
pagar meu vale transporte como também as bandejas no restaurante universitário,
e por isso, tive que dividir minha vida, entre a universidade e o trabalho. Tendo
iniciado em 1980, e, levando-se em consideração o atraso que houve no
desenvolvimento do meu curso de graduação, só tive condições de finalizá-lo no
período de cinco anos. Neste caso, o ano de 1985, foi o grande momento da
conclusão do curso e da minha colação de grau. E assim, conclui o Curso de
Licenciatura em Educação Artística, com habilitação em Artes Cênicas.
Como professor, os primeiros seis anos do
início da minha carreira, vivenciei na escola da rede privada de ensino. Por
isso, trabalhei como professor na rede particular, de 1982 a 1988. Muito me
dediquei para estudar para concursos públicos na minha área, assim sendo, em
1986, fui aprovado em segundo lugar num concurso para professor da Prefeitura
Municipal de João Pessoa, sendo que, tomei posse em dezembro de 1987. Ainda neste
finalzinho do ano tive a honra de ser selecionado para cursar o Mestrado em
Serviço Social, ainda na UFPB. De outra parte, me inscrevi em outro concurso
público, desta vez, do Governo do Estado da Paraíba, o qual, também fui
aprovado em segundo lugar.
Naquele período da minha vida, entre o
final do ano de 1987, e início de 1988, realmente, eu tive um Feliz Natal e um
Próspero Ano Novo, tendo em vista que, em função das minhas conquistas, tive
que deixar o ensino privado e passar para o ensino público, assumindo aulas na
rede municipal e rede estadual de ensino, além de ingressar como aluno efetivo
do Curso de Mestrado em Serviço Social. Nessa época, minha vida deu um giro de
360º, e, pensando no meu futuro, tive que dar conta de todos esses afazeres.
Em 1993, me submeti a mais um concurso
para trabalhar no Núcleo Pedagógico Integrado – NPI, da Universidade Federal do
Pará. Portanto, outro momento semelhante também veio a acontecer no ano de
1994, quando noutro giro de 360º, fui aprovado em primeiro lugar, sendo que
desta vez, em fevereiro de 1994, assumi minha vaga na UFPA. Foi o momento de
deixar a velha Paraíba e me instalar em Belém do Pará. Não satisfeito com minha
estada no Pará, resolvi me submeter a mais um concurso, desta vez, em setembro
de 1994, na recém-fundada Universidade Federal do Amapá (à qual se tornou minha
casa preferida), quando também obtive o primeiro lugar. Instituição onde
permaneço há 30 anos, sendo que, o mais significante de todo o meu trabalho,
aqui no Estado do Amapá, foi a implantação do Curso de Licenciatura em Teatro.
Escolhi acertadamente a carreira do magistério. Ser docente é ser sublime.
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